O que é carcinoma basocelular (CBC)?

O carcinoma basocelular (CBC) é o tipo de câncer de pele mais comum no Brasil. Na maioria dos casos, é provocado pela exposição à radiação ultravioleta acumulada ao longo da vida. Por isso, geralmente surge nas regiões do corpo mais expostas à luz solar. 

A epiderme, camada mais externa da pele, é composta principalmente de células basais, células escamosas e melanócitos. As células basais são pequenas e arredondadas, e têm função importante na manutenção do tecido da pele. Localizam-se na parte inferior da epiderme, e são chamadas de “células da base” por seu papel e posição fundamentais. Essas células se replicam constantemente para produzir novas células cutâneas, que são impulsionadas à superfície do tecido e renovam essa camada da pele à medida que as células mortas se desprendem. Esse processo é essencial para a manutenção da pele, reparo de danos e cicatrização de feridas. 

Quando o crescimento das células basais sai do controle, elas se tornam cancerosas e evoluem para o carcinoma basocelular. Esse tipo de câncer de pele costuma crescer relativamente devagar, e é altamente tratável com intervenção precoce, o que explica as altíssimas chances de cura quando esse tumor é tratado adequadamente. O diagnóstico e remoção imediatos podem impedir a sua expansão e a desfiguração da pele. Embora o CBC raramente se espalhe para além da pele, isso pode ocorrer, recomendando-se contínua e pronta atenção. O risco não pode ser subestimado. 

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento do carcinoma basocelular?

A exposição excessiva e desprotegida à radiação ultravioleta (UV), seja da luz solar externa ou de lâmpadas de bronzeamento artificial, é o principal fator de risco para o desenvolvimento de carcinoma basocelular.   

Pessoas que trabalham em ambientes externos ou passam muito tempo de lazer ao ar livre têm risco aumentado, especialmente se não estiverem protegidas da radiação UV; da mesma forma que as pessoas usuárias de máquinas de bronzeamento artificial. Indivíduos com pele mais clara — principalmente com pele sensível ao sol, que rapidamente cria sardas ou queimaduras — correm maior risco porque são mais suscetíveis aos efeitos da radiação UV. Entretanto, o CBC pode surgir em pessoas de todos os tipos de pele.  

Embora a exposição à radiação UV seja o principal fator de risco para o CBC, também há outros fatores menos conhecidos. Pessoas com sistema imunológico enfraquecido (por doença, idade ou medicação, por exemplo) correm risco aumentado. Indivíduos que passaram por transplante de órgãos também correm mais risco, devido aos medicamentos imunossupressores que preservam a saúde do transplante. A exposição a produtos químicos específicos, como arsênico (de água de poço, por exemplo), alcatrão, ou agentes que aumentam a sensibilidade ao sol, pode elevar o risco de CBC. Os pacientes de queimaduras graves ou de radioterapia correm maior risco, nas áreas marcadas pelos impactos do trauma. A idade é outro fator de risco, sendo a doença mais comum após os 50 anos.   

Além disso algumas desordens genéticas raras, como o albinismo ou o xeroderma pigmentoso e Síndrome de Gorlin, Goltz  aumentam o risco de CBC. Essas condições genéticas hereditárias reduzem a capacidade das células de reparar o DNA danificado pela radiação ultravioleta. 

Os carcinomas basocelulares podem aparecer como:

  • uma ferida que sangra, exsuda ou forma crostas, e continua aberta por várias semanas; 
  • uma mancha vermelha e elevada ou uma área irritada, que pode formar crostas ou coçar, mas geralmente não dói; 
  • uma protuberância brilhante cor-de-rosa, vermelha, branca perolada ou translúcida; 
  • uma saliência rosa, com a borda elevada e uma reentrância central com crostas; 
  • uma área branca, amarela ou cerosa com aparência de cicatriz, geralmente com a borda mal definida; 
  • um crescimento de pele mais escuro (pigmentado), perolado e translúcido (mais comum em peles de cor do que em peles claras); 
  • uma lesão ulcerada, onde uma parte da pele que cobre o crescimento não cicatriza.

Esta imagem mostra como a aparência do carcinoma basocelular varia. No entanto, este é um conteúdo informativo, que não substitui a avaliação médica. 

Como se faz o diagnóstico do carcinoma basocelular?

Se houver suspeita de carcinoma basocelular, você provavelmente será encaminhado a um dermatologista, que é o médico especialista em doenças da pele. Na consulta, ele deve pedir um histórico médico, realizar um exame físico, observar todas as áreas de preocupação e decidir se uma biópsia de pele é necessária. 

Se for preciso fazer biópsia, uma amostra da área suspeita será retirada para avaliação microscópica. Antes da remoção da amostra, sua pele será provavelmente anestesiada, para minimizar qualquer desconforto. 

Feita a biópsia, a amostra é levada ao laboratório, onde uma pessoa especialista examina a aparência das células da pele ao microscópio. Os especialistas que analisam os tecidos biopsiados ao microscópio para diagnosticar doenças da pele são chamados patologistas ou dermatopatologistas. A biópsia é o “padrão ouro” fundamental no diagnóstico do câncer de pele, porque o método oferece alto nível de precisão. Exames de imagem mais complexos, como PET/CT ou mesmo tomografia, não são usualmente indicados, e reservados apenas para os poucos casos mais avançados.  

Quando o seu médico ou médica receber o relatório patológico da biópsia, deverá discutir com você os próximos passos necessários.  

Se chegarem ao diagnóstico de CBC, usualmente se recomenda um acompanhamento regular e contínuo, com o exame completo da pele para saber se há outros pontos de suspeita. O objetivo é encontrar e remover outras lesões antes que se tornem perigosas. Indivíduos que tiveram CBC correm alto risco de ter novos casos de câncer de pele em outras regiões do corpo, incluindo o câncer de células escamosas e o melanoma. 

Como se faz o estadiamento do carcinoma basocelular?

Ao contrário dos muitos tipos de câncer com sistema numérico de estadiamento (ou seja, de níveis de progressão), o CBC segue uma categorização própria baseada na chance de retorno do câncer, ou seja, seu risco de recorrência. Nesse sistema de estadiamento diferenciado, a maioria dos casos de CBC recai num destes dois grupos: o de baixo risco e o de alto risco. 

 

As opções de tratamento seguem essa categorização, visando evitar a recorrência. Uma terceira classe, a do CBC avançado, descreve os tumores cuja erradicação demanda procedimentos de tratamento mais complexos, em vez da remoção cirúrgica comum. O CBC avançado se espalha além da área imediata e pode exigir mais providências, como exames de imagem, para determinar a extensão afetada pelo câncer. 

Algumas características do CBC de baixo risco:

Lesão com tamanho menor do que 2 cm;

Bordas bem definidas;

Lesões localizadas no tronco ou extremidades;

Pacientes não são imunossuprimidos;

Pacientes não receberam radioterapia prévia na área atingida.

Algumas características CBC de alto risco:

Lesão com tamanho maior do que 2 cm;

Bordas mal definidas;

Lesões de qualquer tamanho localizadas na cabeça, pescoço ou pés; região pré-tibial (canela) ou anogenital (ânus e genital);

Pacientes imunossuprimidos;

Pacientes receberam radioterapia médica na área atingida.

Algumas características do CBC avançado:

Menos comum (representa menos de 10% dos casos);

Envolve adoecimento extenso, ocasionalmente com envolvimento ósseo, invasão perineural, ou envolvimento profundo de tecidos moles;

Controle requer mais métodos de tratamento;

Esses tumores têm crescimento invasivo, são relativamente maiores e, às vezes, estão localizados em áreas difíceis de tratar.

Como se trata o carcinoma basocelular?

O tratamento do carcinoma basocelular visa a completa remoção do tumor, com impacto mínimo na área ao redor. Técnicas cirúrgicas que removem o CBC são o método mais comum.  

O plano de tratamento será personalizado segundo a localização e a classificação do tumor. 

 O CBC tem baixíssima taxa de metástase, de menos de 0,1%; e excelentes prognósticos. A taxa de sobrevivência por 5 anos, por exemplo, é próxima de 100% para a maioria dos CBCs localizados. O profissional de saúde planejará a estratégia de tratamento apropriada, após receber o relatório de patologia com os detalhes do seu caso, incluindo o tipo de CBC, seu tamanho e sua localização. 

Remoção cirúrgica

Nesta técnica, remove-se a lesão tirando-se um fino corte horizontal da pele. É um procedimento rápido, que pode ser realizado no consultório. A área é dessensibilizada com anestesia local, e a lesão é removida com um bisturi ou um eletrodo eletrocirúrgico de alça. O sangramento é imediatamente interrompido aplicando-se uma solução especial tópica antes do curativo sobre a ferida. A excisão cirúrgica é recomendada para CBCs de baixo risco situados no tronco ou nas extremidades. As camadas de gordura, o tecido subcutâneo e o tecido mais profundo não são removidos nessa técnica. Ela não é adequada para tumores pigmentados, cistos, ou áreas profundas. Pode deixar uma cicatriz branca perceptível. 

Removido o tecido, a amostra é enviada para um laboratório, onde será examinada para garantir que o câncer foi totalmente removido ao longo das margens do tumor. No relatório de patologia, termos como “negativo”, “limpo”, “não envolvido” ou “margens claras” indicam que o tumor foi retirado com sucesso e está cercado por tecido normal. Se as áreas ao redor do tumor não mostrarem células saudáveis, você talvez precise marcar uma nova excisão, até obter margens claras. 

Tratamentos locais não cirúrgicos

Curetagem e eletrodissecação

Na curetagem e eletrodissecação, o profissional remove o câncer da pele com uma cureta, uma ferramenta afiada em forma de laço, e cauteriza o local imediatamente. Esta segunda etapa é a eletrodissecação, que evita o sangramento sem precisar de suturas, e remove pelo calor células cancerosas residuais. O local é então coberto com gaze e cicatriza com o tempo. Esse procedimento é eficaz para lesões superficiais como as do CBC de baixo risco. Mas não é adequado para tratar o CBC de alto risco, ou para áreas onde crescem pelos, devido à maior possibilidade de remoção inadequada do tumor e maior risco de disseminação.

Crioterapia

Essa técnica remove o CBC pulverizando nitrogênio líquido na área ou mantendo-a em contato com esse líquido congelante por 30 a 60 segundos. O processo pode ser repetido após uma pausa para descongelamento. O nitrogênio líquido fica a cerca de -196 °C, frio suficiente para danificar o tecido humano normal. Ele é usado para congelar e matar o tumor. Essa técnica rápida pode ser usada em vez da cirurgia para remover pequenos CBCs. Pacientes com CBCs pequenos, de baixo risco ou superficiais são elegíveis para crioterapia.

Radioterapia

A radioterapia é a aplicação concentrada de um feixe de energia sobre o tumor. A radiação intensa danifica as células cancerosas por dentro, levando à morte celular. Esse tipo de terapia é administrado por um especialista em radiação, em um hospital ou centro de tratamento, e pode durar seis semanas ou mais. O tratamento pode acontecer todo dia, ou de duas a quatro vezes por semana, dependendo do caso. Sendo a excisão cirúrgica geralmente a primeira opção de tratamento, a radioterapia pode ser prescrita aos pacientes de baixo risco, de alto risco ou de CBC avançado cujo caso não se qualifique para a cirurgia. Também pode ser realizada como tratamento adicional após a excisão de um CBC de alto risco ou avançado ou com doença residual persistente. Não é adequada para os indivíduos que herdam condições genéticas que os predispõem ao câncer de pele, porque a radiação em si pode causar câncer.

Terapia fotodinâmica

A terapia fotodinâmica combina remédios e luz para destruir as células tumorais. Na primeira parte dessa técnica, prescreve-se um medicamento que mais tarde sensibilizará as células cancerosas à luz. Essa droga pode ser o ácido 5-aminolevulínico, ou o porfímero sódico. Dentro de um ou dois dias, as células cancerosas absorvem a substância que as sensibiliza à luz. Então, foca-se uma luz com um determinado comprimento de onda de energia sobre o CBC. Esse processo cria radicais livres de oxigênio tóxicos dentro das células cancerosas, destruindo-as. Tumores superficiais (pequenos e não profundos) são ideais para essa terapia. A luz não consegue penetrar completamente em tumores profundos ou grandes, o que torna a terapia fotodinâmica inadequada para CBCs avançados ou de alto risco.

Medicações tópicas

Em pacientes com CBC de baixo risco ou superficial, ou quando um paciente tem vários CBCs na mesma região, dois medicamentos podem ser usados sobre a pele: 5-fluorouracil e imiquimod. Esses remédios tópicos também são alternativas para pacientes que não podem fazer cirurgia ou terapia de radiação.

O 5-fluorouracil tópico é um método não invasivo e não desfigurante de eliminação das células cancerosas da pele. A solução tópica é absorvida pelas células com câncer, que confundem o 5-fluorouracil com um dos metabólitos necessários para montar seu DNA. Ela também impede que a célula fabrique esses componentes de DNA necessários. As células cancerosas não conseguem usar o 5-fluorouracil para produzir DNA, e morrem da falta desse componente crítico.

O imiquimod é um medicamento que ativa o sistema imunológico. No tratamento do CBC, ele é prescrito como creme tópico. O uso do imiquimod resulta na morte das células cancerosas provocando a reação do sistema imunológico nos locais da pele onde ele é aplicado externamente. Deve-se fazer a aplicação várias vezes por semana por até seis semanas, dependendo do caso. Alguns usos duram mais. A pele pode reagir com sensação de coceira, queimação ou dor no local da aplicação.

Tratamento sistêmico para o carcinoma basocelular avançado

Há três medicamentos aprovados para casos específicos de CBC avançado, seja o tumor localmente avançado, seja nodal e/ou metastático. Dois desses medicamentos, vismodegibe e sonidegibe, apresentados em forma de pílula, são terapias-alvo. Outro medicamento, cemiplimabe, é um imunoterápico administrado via infusão intravenosa projetada para ativar o sistema imunológico. 

VismodegibE

É um medicamento oral em cápsulas indicado para tratar adultos com CBC metastático, ou CBC localmente avançado com recorrência pós-cirurgia; ou adultos que não podem se candidatar à cirurgia nem à radiação. O medicamento interrompe o crescimento das células do CBC. As reações adversas mais comuns relatadas por quem tomou o medicamento são constipação, diminuição do apetite, diarreia, distorção do paladar, fadiga, perda de cabelo, rigidez articular, espasmos musculares, náusea, vômito e perda de peso. Vismodegib não pode ser usado durante a gravidez ou amamentação, e todas as medidas para evitar a gravidez devem ser rigorosamente seguidas.

Sonidegibe

Em cápsulas, é um medicamento oral indicado para tratar pacientes adultos com CBC localmente avançado, ou CBC com recidiva após cirurgia ou radioterapia, ou ainda pacientes não elegíveis para cirurgia ou radioterapia. Esse medicamento é uma terapia dirigida, que interrompe o crescimento das células do CBC. As reações adversas mais comuns relatadas por quem tomou o remédio são: dor abdominal, diminuição do apetite, diminuição do peso, diarreia, distorção do paladar, fadiga, perda de cabelo, dores de cabeça, coceiras, dor muscular, espasmos musculares, náuseas e vômito. Há alertas de defeitos congênitos graves ou morte embrionária associados ao medicamento. O sonidegib não pode ser usado durante a gravidez ou amamentação, e todas as medidas para evitar a gravidez devem ser rigorosamente seguidas. 

Cemiplimabe

É um medicamento intravenoso indicado para o tratamento de pacientes com CBC localmente avançado ou CBC metastático que tenham sido tratados anteriormente com vismodegib ou sonidegib; ou de pacientes para quem esses medicamentos não são apropriados. O cemiplimab é projetado para gerar uma reação do sistema imunológico às células tumorais. Esse medicamento também é aprovado para outros tipos de câncer de pele, e para o câncer de pulmão de células não pequenas, além de ser a opção de tratamento recomendada para certos pacientes com CBC avançado. O cemiplimab deve ser administrado em uma clínica ou hospital, como infusão intravenosa. Se tomado sozinho, as reações adversas mais comuns incluem: erupção cutânea, coceira, diarreia, fadiga, dor muscular e articular, e disfunção glandular. O cemiplimab não pode ser usado durante a gravidez ou amamentação, e todas as medidas para evitar a gravidez devem ser rigorosamente seguidas. 

Quais são os efeitos colaterais do tratamento?

Cirurgia

Os efeitos de curto prazo da cirurgia — como sangramentos, reações adversas a medicamentos, ou dificuldades de cicatrização — provavelmente serão abordados pelo seu médico entre as informações que você recebe após a cirurgia, antes de ter alta. Outra complicação de curto e de longo prazo que pode ocorrer após a cirurgia é a infecção da ferida. 

Ainda outros efeitos colaterais que a cirurgia pode ocasionar são: danos em nervos sensoriais, linfedema, e comprometimento estético. Danos aos nervos sensoriais causam dormência localizada, sensação de agulhadas, queimação ou dor intensa. Também podem ocorrer danos aos nervos motores, resultando em fraqueza ou paralisia. Em geral, se a área envolvida é pequena, os danos ao nervo podem melhorar ou desaparecer em cerca de 12 meses. No entanto, às vezes os sintomas neurológicos permanecem. 

O linfedema é um acúmulo de fluido no tecido mole devido a um bloqueio, e aparece como um inchaço. Acontece após haver danos aos gânglios linfáticos ou após sua retirada, com a remoção cirúrgica desses canais que drenam o excesso de fluido do nosso sistema. Em pacientes que passaram por cirurgia extensa, o linfedema pode ocorrer em curto ou longo prazo. O terapeuta de linfedema ajuda nos cuidados com a pele: massagens, curativos, exercícios ou cinta de compressão. Esse tratamento é chamado de terapia de linfedema. 

Radioterapia

Os efeitos colaterais da radiação são geralmente restritos à área que foi irradiada. Incluem irritação cutânea, alterações na cor da pele, e perda de cabelo na área tratada. Se o tratamento foi na área da cabeça ou pescoço, os efeitos colaterais podem incluir danos às glândulas salivares e aos dentes, alterações no paladar e dificuldades de deglutição. A fadiga é um efeito colateral comum da radiação, que geralmente se resolve com o tempo. 

Também vale notar, entre os efeitos colaterais usuais, o aumento a longo prazo de novos cânceres de pele na área tratada com radiação.

O que acontece após o fim do tratamento?

Quando se declara que o tratamento inicial do carcinoma basocelular foi concluído, normalmente isso significa que não há evidências de CBC remanescente. Mas como o câncer pode retornar e como você tem predisposição ao câncer de pele, algumas etapas serão necessárias para manter a vigilância contra recidivas pelo resto da vida. Estima-se que entre 30% e 50% dos pacientes de carcinoma basocelular desenvolverão outro CBC no período de cinco anos após o tratamento. Também se corre o risco de desenvolver outros tipos de câncer de pele, como o melanoma e o de células escamosas. 

Nos primeiros cinco anos após o término do tratamento é necessário fazer um exame completo da pele uma vez ao ano, pelo menos; e talvez com mais frequência, conforme a orientação do seu dermatologista. Os exames podem se tornar anuais a partir do sexto ano, pela vida toda. Dependendo da gravidade do CBC anterior, podem ser necessários exames de imagem.

Além dos exames clínicos, é importante realizar autoexames de pele. Quase metade das pessoas diagnosticadas com outros tipos de câncer de pele descobriram por conta própria uma mancha suspeita na pele. Você deve alertar seu dermatologista sobre qualquer ferida que não cicatrize ou que por outros motivos pareça suspeita.

Dermatologistas detêm conhecimento e habilidade especializados para identificar diversos problemas da pele que podem passar desapercebidos ao olhar leigo. Conseguem diferenciar entre lesões benignas e potencialmente malignas, usando técnicas de exame minuciosas como a biópsia ou a dermatoscopia.

Use proteção solar para evitar mais danos ao DNA nas células da sua pele. Proteja a pele da radiação UV prejudicial evitando a luz ultravioleta: buscando sombra, usando roupas que protegem o corpo, cobrindo a cabeça e usando protetor solar de amplo espectro, com FPS (fator de proteção solar) 30 ou maior. Nunca use dispositivos de bronzeamento artificial.

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